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Sim, a escolha é sua.

* Esse texto escrevi em 2016, mas penso ser pertinente neste momento que iremos iniciar um ano de grandes desafios coletivos..


Um ano novo, com 365 oportunidades de você fazer novas escolhas. Você já parou para pensar no poder que há nessas escolhas, que mudanças podem promover na sua vida, e que cada mudança promovida por você irá afetar a vida das pessoas que ama, e até mesmo a vida de pessoas que você não conhece?

Pense no fato de você iniciar um novo negócio, e que para isso terá que contratar dois funcionários. Uma dessas pessoas que você contrata estava desempregada há mais de 6 meses, a notícia alegra a família. E com a nova renda o casal decide que será possível colocar o filho na aula de piano, sendo que este menino tem um talento incrível, e a partir da sua escolha houve a possiblidade de desenvolver um talento que trará no futuro uma carreira bela para esse menino. E você não tinha intenção alguma de favorecer a arte e nem mesmo o desenvolvimento de talentos.

Um boa escolha com certeza abrirá possibilidades de uma boa colheita para você e para o mundo que você vive. Mas, e quando nossa escolha não é refletida, não está baseada em princípios ético? Será que os danos serão somente para si? Será que temos noção do poder das nossas escolhas?

Vamos pensar num outro exemplo, uma mulher que esteja solteira e que deseje muito viver um amor, ela não deseja fazer mal a ninguém, ela quer amar e ser amada, quer a sensação de fazer parte da vida de alguém. E, então num certo dia conhece um homem que faz seu coração acelerar. E, esse homem por sua vez se questiona se sua vida é só isso mesmo, será que não há mais aventuras a serem vividas, o casamento está morno, a fase da paixão há tempos passou. Ambos sentem-se envolvidos e acabam se deixando levar pela paixão, depois pensarão no que fazer. Dessa escolha de ambos, irá decorrer a separação marcada pela traição que magoa várias pessoas, é claro que eles não desejavam magoar ninguém. Mas, é assim, nossas escolhas trazem consequências não somente para nós, vivemos em coletividade, estamos interligados por mais que não consigamos perceber.

Doloroso pensar nas nossas escolhas com esse poder? Mas, são escolhas que geram guerras, brigas, separações, corrupções. Escolhemos mesmo quando não temos consciência da repercussão das nossas escolhas. Segundo o filosofo Sartre “(…) ao escolher a si próprio, a sua existência, o homem escolhe por toda a humanidade, isto é, sua escolha tem um alcance universal.”

Como podemos escolher sem fazer o outro sofrer? Nem sempre será possível, mas se suas escolhas estiverem pautadas em princípios éticos com certeza haverá maior crescimento do que perdas. No caso de uma relação amorosa, as traições são cada vez mais comuns, mas não necessariamente menos dolorosas. Trair é uma escolha extremamente danosa em seus efeitos, e ultrapassam a pessoa que é traída diretamente. Quando um homem ou uma mulher traem seu conjuge está escolhendo magoar filhos, familiares e amigos. Muitas vezes ao saber que um casal amigo se separou, em decorrência de traição, nos sentimos tristes e muitos perdem um pouco da esperança no amor romântico. Quantas vezes ouvi que amor verdadeiro somente de mãe para filho, essa crença negativa é decorrente de várias experiências dolorosas vividas ou presenciadas.

Sim, as experiências dolorosas traumáticas que os outros vivem podem ser traumatizantes para aquele que fica sabendo, ou ouve falar é o que chamamos de trauma vicariante. Percebe então, a nossa responsabilidade com o mundo que vivemos? Quanto mais consciência temos de que somos parte da coletividade e, de que nossas escolhas podem favorecer a construção de experiências construtivas para outras pessoas, que muitas vezes jamais iremos conhecer, mais nos tornaremos maduros/adultos em nossas atitudes.

Adultos agem a partir ações refletidas que superam ações impulsivas e, assumem o controle de suas vidas compreendendo que sim a escolha é sua, mas as consequências impactam o mundo que vivemos.

Que em 2021 possamos fazer escolhas maduras, conscientes e que possamos evoluir, vencendo nossa imaturidade emocional de pensar somente em nós de forma egoísta e limitada. O equilíbrio entre o amor próprio e o amor a humanidade deve ser nosso desafio e nossa paixão, pois só assim podemos evoluir como ser humano.

Que nossas escolhas neste ano novo sejam efeitos borboletas do bem, que espalhem possibilidades para várias pessoas serem mais felizes, mais realizadas e assim termos um mundo com mais paz e amor.


Que 2021 seja para todos um ano de amor e empatia!


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