Lições em Tempos de Pandemia: Décima Primeira Lição, Benevolência.
Desde o mês de março de 2020 o Brasil está tendo a oportunidade de aprender mais sobre quanto os diferentes setores de uma sociedade são interdependentes e, que mesmo as pessoas mais materialistas terão que frear seus anseios consumistas. E, este contexto tem trazido à tona de forma clara e as vezes até mesmo dolorosa a forma como as pessoas reagem a uma situação que não as favorece.
Esta lição tem o objetivo de promover uma reflexão sobre o que é fazer o bem, e quanto o bem se expressa por meio de pensamentos, sendo que estes se transformam em palavras e atos que visam a felicidade, a proteção dos outros. Fazermos o bem implica num esforço constante de fazermos o melhor de nós, e inclui também se opor ao mal, ou seja, aquilo que seja injusto, intolerante, egoísta e destrutivo.
Nesta situação de Pandemia, em que cada um é potencialmente agente de contágio, se torna imprescindível a atitude de bondade, de benevolência para agirmos de forma adequada em nossos cuidados para evitar a contaminação, bem como agirmos de forma ativa e eficaz diante daqueles que possam colocar em risco a vida de outros. Não fazer o bem não pode ser equiparado a não fazer o mal, pois a neutralidade não é positiva, e deixa espaço para que atitudes destrutivas se manifestem e se propaguem. E, como vivemos em sociedade, a sua não ação bondosa, a sua não atitude diante do mal não irá lhe proteger dos efeitos nefastos daqueles que visam o caos, o conflito e a morte.
Se todos descobríssemos o quanto o “bem”, quando ativo em nossas mentes e em nossas ações coletivamente é poderoso, ações agressivas, mesquinhas e de poder não teriam a menor chance de causar o sofrimentos social. Pensemos novamente nas redes sociais, se a cada fake News recebido a pessoa agisse com integridade, além de não repassar ela iria comunicar que isto é uma fake News para aquele que publicou, ou grupo e pediria que retirasse, em pouco tempo iriamos eliminar e deixar essas pessoas sem poder ação.
Outro ponto importante é a calúnia, que hoje ficou tão fácil de disseminar, todos se tornam juízes, sem necessidade de investigação e análise séria de provas. O ódio expresso nestes julgamentos está envolvido de mentiras, fatos falsos e manipulados e a sentença é sempre dura e destituída de humanidade. Ao escutar, presenciar passivamente essas situações alimentamos as mesmas, calar pode ser compreendido com consentir. Seja gentil, seja coerente, mas se posicione, sei que não é fácil, você deseja muitas vezes fugir do conflito, mas lembre-se és responsável por esse mundo, és responsável pela paz e pela guerra, conforme suas escolhas.
É difícil amar a todos, tendemos amar aqueles que fazem parte da minha família e compartilham ideias, credo, ideologia, mas lembre-se as diferenças podem e devem existir, mas essas diferenças não podem ser justificativas para fazer o mal ao outro. E, está mais do que na hora de ampliarmos nossa capacidade de sermos benevolentes, que ela seja proporcional ao alcance que nossas palavras têm, pois a internet amplia o efeito das suas palavras.
Ser benevolente neste momento é compreender que todos estamos sofrendo, alguns estão passando fome, outros sofrem de medos paralisantes, mesmos estando no conforto do seu lar. Ser benevolente é tentar todos os dias não causar sofrimentos as pessoas, é buscar minimizar os riscos de contágio na sua família, no seu trabalho, na sua vizinhança, nos locais que você frequenta. É buscar ações que promovam nas pessoas o desejo de ajudar, de se envolver em ações solidárias.
Temos o livre arbítrio e temos a capacidade incrível de perceber a nós mesmos, bem como de superar nossas limitações, medos e fraquezas. Se o ódio, a maldade é pertinente a espécie humana, o amor e a capacidade de mudar também é. Vamos entender que o mundo mudou, essa Pandemia veio nos mostrar que a forma mesquinha de se relacionar com o mundo não está funcionando. Os humanos precisam perceber que são dispensáveis na cadeia biológica, sem nós os rios e mares se recuperam rapidamente, os animais se reproduzem e se tornam novamente livres. Então, somos nós que precisamos pedir perdão a natureza, e aprender a sermos benevolentes para o bem e sobrevivência da humanidade.
Sabe o que é mais belo em todo esse caos? As infinitas possibilidades de mudarmos, temos as tecnologias necessárias, temos os conhecimentos, precisamos com muita integridade aprendermos a usarmos tudo que temos com sabedoria em benefício de todos. A economia é um aspecto que precisar ser compreendido com mais sabedoria, números não representam vidas. Todas as vidas importam, se mais de 13 mil mortos são números para você, eu diria por favor pare, respire e sinta: E, se fosse você? E se fosse a pessoa que você mais ama? Seria apenas um número de óbito? Você não sentiria dor, tristeza? Se sua resposta for não com certeza já perdeu seu contato com sua própria humanidade, se sua resposta for sim, eu lhe digo então, por favor seja bom o tempo todo, com todos, precisamos de bondade para proteger a nossa espécie “a humanidade”.
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